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Dúvidas comuns sobre ablação por cateter
A ablação por cateter é uma das principais opções de tratamento para fibrilação atrial recorrente¹. Estudos apontam que o procedimento oferece ótimos resultados para controle da arritmia e seus efeitos, além de ser uma alternativa ao uso de medicamentos para quem não responde a eles da forma esperada.²,³
Apesar de sua crescente popularidade, a ablação por cateter ainda gera algumas dúvidas entre quem recebeu um diagnóstico de arritmia e está em busca de soluções. Para te ajudar a decidir junto com o médico qual seria a melhor opção no seu caso, reunimos abaixo respostas para algumas das perguntas mais frequentes sobre o tema.
O que é a ablação por cateter e como ela é feita?
A ablação por cateter é um procedimento cardiológico não cirúrgico realizado por um eletrofisiologista. Após a anestesia, cateteres são introduzidos em uma veia ou artéria (em geral na perna, virilha ou pescoço) para que cheguem até uma das câmaras do coração. O objetivo é identificar a fonte dos sinais elétricos anormais que provocam a arritmia e eliminar esses focos com uma fonte de energia, como radiofrequência ou a crioenergia.
Quais são os benefícios da ablação por cateter no tratamento de fibrilação atrial?
O principal diferencial da ablação por cateter é a alta taxa de sucesso do procedimento. O tratamento oferece até 80% de eficácia na eliminação de sintomas de fibrilação atrial e 61% de eficácia na redução de episódios clínicos de fibrilação atrial, taquicardia atrial ou outras arritmias atriais⁴. Além disso, a ablação reduz em até 10x a chance de o quadro evoluir para uma forma persistente.²
"Mesmo quando não é curativa, a expectativa é ao menos um controle mais eficaz do quadro, com redução dos episódios sintomáticos e prolongados", explica o cardiologista e eletrofisiologista Rodrigo Sá. "E se compararmos ao uso de drogas antiarrítmicas, a ablação da fibrilação atrial tenta poupar os pacientes dos efeitos colaterais de longo prazo destas drogas, bem como proporcionar um controle mais duradouro dos episódios de arritmia", afirma.
Em que casos a ablação por cateter é indicada?
"O procedimento é mais indicado nos casos de fibrilação atrial sintomática, ou seja, quando a arritmia provoca sintomas ou piora de outras condições clínicas subjacentes", afirma Dr. Rodrigo. Alguns incômodos mais comuns que podem estar associados ao quadro são palpitações, fadiga, falta de ar, mal-estar geral, tontura, ansiedade e dor torácica⁵,⁶,⁷. "Além disso, sabemos que o sucesso da ablação é maior nas formas paroxísticas, isto é, intermitentes, em que se acredita que existam mais gatilhos produtores da arritmia do que substratos mantenedores do quadro", explica.
Existem casos em que a ablação por cateter não é recomendada?
Ainda que tenha alta taxa de sucesso, nem sempre a ablação por cateter é recomendada. Cada caso deve ser avaliado individualmente por um médico porque tanto o quadro de fibrilação atrial quanto o organismo de cada pessoa podem apresentar particularidades que são determinantes na escolha do tratamento. "A dificuldade de acesso ao coração, como por obstruções mecânicas das veias ou presença de coágulos nas câmaras cardíacas, pode inviabilizar a realização da ablação por cateter", explica Dr. Rodrigo. Para conhecer alternativas ao procedimento, confira nossa página de Opções de tratamento para fibrilação atrial.
Como é a recuperação após a ablação por cateter? Ela provoca efeitos colaterais?
Dependendo do caso, você pode perceber uma melhora imediata do quadro de fibrilação atrial, com alívio perceptível nos sintomas de arritmia e cansaço. Em outros casos, pode levar um pouco mais de tempo.
Como a ablação é feita com anestesia, você não deve sentir nenhuma dor durante sua realização. Após o procedimento, alguns incômodos são comuns. "Sintomas cardiológicos com algum grau leve de dor torácica ou mesmo palpitação podem aparecer", afirma Dr. Rodrigo. "Sintomas gastrointestinais leves e transitórios também são previstos por algumas poucas semanas, como plenitude após as alimentações."
O resultado da ablação por cateter é definitivo?
A ablação por cateter costuma proporcionar resultados duradouros no controle da fibrilação atrial. Estudos revelam que, 15 meses após o procedimento, há registos de 83% menos cardioversões, 75% menos uso de medicamentos antiarrítmicos e 84% menos hospitalizações cardiovasculares, além de 81% dos pacientes não reportarem qualquer sintoma do quadro novamente.⁸
No entanto, há casos em que pode ser preciso combinar o procedimento com outras formas de tratamento ou até novas ablações no futuro. Os efeitos do tratamento podem variar de acordo com a gravidade da arritmia, do organismo de cada paciente e seu estilo de vida, por isso o médico deve sempre ser consultado para que ele possa te orientar a respeito do seu quadro de forma mais precisa e individualizada.
Fonte consultada: Dr. Rodrigo Sá - cardiologista e eletrofisiologista - CRM/RJ 52-82907-2
Referências
1. Kirchhof P, Benussi S, Kotecha D, Ahlsson A, Atar D et al. (2016) 2016 ESC Guidelines for the management of atrial fibrillation developed in collaboration with EACTS. Eur Heart J 37 (38): 2893-2962.
2. Kuck, K. H. L., D. Mikhaylov, E. Romanov, A. Geller, L. Kalejs, O. Neumann, T. Davtyan, K. On, Y. K. Popov, S. Ouyang, F. Catheter ablation can delay progression from paroxysmal to persistent atrial fibrillation in The European Society of Cardiology Congress (Paris, France, 2019).
3. Curtis, A. B. et al. Clinical factors associated with abandonment of a rate-control or a rhythm-control strategy for the management of atrial fibrillation in the AFFIRM study. Am Heart J 149, 304-308, doi:10.1016/j.ahj.2004.08.012 (2005).
4. Mansour M, Calkins H, Osorio J, et al. Persistent Atrial Fibrillation Ablation with Contact Force–Sensing Catheter. J Am Coll Cardiol EP. 2020 Aug, 6 (8) 958-969.
5. Rienstra M, Lubitz SA, Mahida S, Magnani JW, Fontes JD et al. (2012) Symptoms and functional status of patients with atrial fibrillation: state of the art and future research opportunities.
6. Zoni-Berisso M, Filippi A, Landolina M, Brignoli O, D'Ambrosio G et al. (2013) Frequency, patient characteristics, treatment strategies, and resource usage of atrial fibrillation (from the Italian Survey of Atrial Fibrillation Management [ISAF] study). Am J Cardiol 111 (5): 705-711.
7. Lip GY, Laroche C, Ioachim PM, Rasmussen LH, Vitali-Serdoz L et al. (2014) Prognosis and treatment of atrial fibrillation patients by European cardiologists: one year follow-up of the EURObservational Research Programme-Atrial Fibrillation General Registry Pilot Phase (EORP-AF Pilot registry). Eur Heart J 35 (47): 3365-3376.
8. Natale A, Calkins H, Osorio J, et al. (2020). Positive Clinical Benefit on Patient Care, Quality of Life and Symptoms After Radiofrequency Ablation with Contact Force in Persistent Atrial Fibrillation: Analyses from PRECEPT. Poster presentation at the European Society of Cardiology Scientific Session, August 29 - September 2, 2020.
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