atrial fibrillation treatment

Opções de Tratamento

Tendo em vista que a fibrilação atrial é uma doença progressiva, que se torna mais difícil de tratar conforme mais tempo ela persista,1 é importante obter o tratamento assim que possível. A boa notícia é que existe uma variedade de opções de tratamento disponíveis para ajudar você a tratar efetivamente ou possivelmente curar a sua arritmia. O seu médico conversará com você para determinar a abordagem de tratamento certa para você.

Esteja tão envolvido quanto possa na discussão sobre as diversas opções de tratamento com o seu médico, de modo que você possa entender totalmente como cada tratamento atua, com qual frequência você precisa administrar qualquer medicação ou se realizar um procedimento, tal como uma ablação com cateter, seria melhor para você e para o seu estilo de vida.

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Medicações para a Fibrilação Atrial

O seu médico muito provavelmente prescreverá uma medicação como a primeira medida para tratar a sua FA.2,3,4

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Tratamentos não medicamentosos (Procedimentos)2

Se a medicação não obtiver sucesso, o seu médico poderá discutir opções de tratamento alternativas.

catheter ablation

Ablação com Cateter

Esta técnica atualmente se tornou um procedimento comum utilizado para prevenir a fibrilação atrial recorrente.2

Opções de tratamento para Fibrilação Atrial

A indicação de tratamento para fibrilação atrial varia de acordo com as particularidades de cada caso e a avaliação do médico. Independente de ser um quadro sintomático ou silencioso (que não apresenta sintomas perceptíveis), é fundamental buscar soluções para evitar a evolução da arritmia - especialmente porque a fibrilação atrial é uma doença que pode se tornar mais difícil de tratar com o passar do tempo.5

Os tratamentos para fibrilação atrial podem funcionar como soluções definitivas ou como formas de aliviar os principais sintomas da arritmia, como sensação de palpitação e a fadiga. Também é possível que o cardiologista recomende a combinação de mais de um tipo de tratamento para elaborar um protocolo personalizado para o paciente. Por isso, receber um diagnóstico preciso do seu quadro é fundamental para ter bons resultados.

Confira abaixo tudo que você precisa saber sobre os principais tratamentos para fibrilação atual para poder conversar com o médico sobre as suas opções.

Tratamento para fibrilação atrial com medicamentos

A prescrição de medicamentos costuma ser um dos primeiros tratamentos para a fibrilação atrial indicados pelo médico.6,7 Existem diferentes tipos de medicação que podem ser recomendados de acordo com os sintomas percebidos e o diagnóstico de cada caso. 

A medicação para o controle da frequência é indicada para reduzir a frequência cardíaca para menos de 100 batimentos por minuto por meio do bloqueio de sinais elétricos gerados incorretamente nos átrios. Esses medicamentos podem ser divididos em duas categorias:6,7,8

- Os betabloqueadores são responsáveis por diminuir a frequência cardíaca e relaxar os vasos sanguíneos para facilitar o bombeamento de sangue pelo coração. No entanto, eles podem provocar alguns efeitos colaterais, como tontura e fadiga.

- Os bloqueadores de canais de cálcio são responsáveis por interromper a movimentação do cálcio para dentro do seu coração e dos vasos sanguíneos, com o objetivo de diminuir a frequência cardíaca. Os possíveis efeitos colaterais incluem vertigens.

Já a medicação para controle do ritmo é prescrita para restaurar o ritmo normal do coração quando os medicamentos controladores de frequência não oferecem o resultado esperado. A medicação para o controle do ritmo também pode ser denominada “cardioversão farmacológica” ou “cardioversão química” e se divide em duas categorias:6,7,8

- Os bloqueadores de canais de sódio diminuem a condutividade elétrica do coração para corrigir o ritmo. Os possíveis efeitos colaterais incluem náusea e dor abdominal, e em alguns casos também reações alérgicas e erupção cutânea.

- Os anticoagulantes, também conhecidos como afinadores do sangue, são responsáveis por prevenir a formação de coágulos sanguíneos dentro do coração, reduzindo o risco de um acidente vascular cerebral (AVC) (link para matéria sobre Relação entre Fibrilação Atrial e AVC). No entanto, eles também reduzem a coagulação em momentos em que ela é necessária, como na cicatrização de ferimentos. Por isso, se for orientado pelo médico a fazer uso desse tipo de medicação, será preciso ter mais cuidado no dia a dia para evitar complicações associadas a cortes ou abrasões menores. Outros efeitos colaterais possíveis são sangramentos internos e úlceras estomacais. 

Ablação por cateter é uma opção de tratamento da fibrilação atrial

Além do uso de medicamentos, existem procedimentos que podem ser indicados para tratar a fibrilação atrial de forma mais rápida ou em casos em que a resposta aos medicamentos não é a esperada6. Uma das opções mais comuns é a ablação por cateter. (link para matéria sobre Vantagens da Ablação)

"Comparado ao uso de drogas antiarrítmicas, a ablação da fibrilação atrial tenta poupar os pacientes dos efeitos colaterais de longo prazo destas drogas, além de proporcionar um controle mais duradouro dos episódios de arritmia", explica o cardiologista e eletrofisiologista Rodrigo Sá.

O procedimento não-cirúrgico é realizado por meio da introdução de um cateter em uma artéria ou veia, com objetivo de chegar até uma das câmaras cardíacas para bloquear os circuitos elétricos anormais. Usando sistemas de imagem e monitoramento, o médico consegue interromper ou pelo menos reduzir as arritmias, dependendo do caso, além de diminuir em até 10x a chance de a fibrilação atrial progredir para um quadro persistente.9

Os efeitos da ablação por cateter costumam ser positivos mesmo com o passar do tempo. 15 meses após o procedimento, a taxa é de 80% de eficácia na eliminação de sintomas de fibrilação atrial⁶ e 61% de eficácia na redução de episódios clínicos de fibrilação atrial, taquicardia atrial ou outras arritmias atriais10. Além disso, estudos registraram que 86% dos pacientes não precisaram de uma nova ablação. Outros efeitos da ablação incluem a redução de 75% no uso de medicamentos antiarrítmicos e de 84% em hospitalizações cardiovasculares.

Outros procedimentos para tratar a fibrilação atrial

Além da ablação, outro procedimento para tratar a fibrilação atrial é a cardioversão elétrica, em que é passada uma corrente elétrica pelo tórax do paciente para restaurar o ritmo cardíaco normal. A interrupção por segundos desse ritmo possibilita que o coração reassuma o controle e restaure o batimento padrão, mas nem sempre oferece uma cura permanente para a fibrilação atrial.

Outra opção é a instalação de um marcapasso, que é recomendado para pacientes com síndrome do seio doente e/ou bradicardia. Também existe a possibilidade de combinar mais de um tipo de tratamento, dependendo da gravidade do caso e do organismo de cada pessoa, então é fundamental receber orientação de um especialista para garantir um resultado satisfatório e personalizado para as suas necessidades.
 


 

Como se preparar para uma ablação por cateter

Se você receber indicação do cardiologista para realizar uma ablação por cateter como tratamento para fibrilação atrial, é importante saber o que esperar e como se preparar para o procedimento. Ele é considerado invasivo porém não cirúrgico, então é preciso se informar para se planejar tanto para o dia do atendimento quanto para o período de recuperação. Abaixo, reunimos algumas dicas que podem te ajudar nessa fase, mas não se esqueça de pedir orientações ao seu médico para esclarecer eventuais dúvidas.

Exames e precauções para a ablação por cateter

Antes da realização da ablação por cateter, o médico irá solicitar alguns exames para ter uma visão geral do quadro. Como o procedimento é realizado por um eletrofisiologista, que é um cardiologista especializado nas propriedades elétricas do coração, ele precisa de alguns detalhes a mais para avaliar as particularidades do seu caso e definir a melhor estratégia.

"Esses exames são importantes para que se conheça o contexto da arritmia, a anatomia cardíaca e potenciais complicadores do procedimento", explica o cardiologista e eletrofisiologista Rodrigo Sá. "Alguns exames que solicitamos frequentemente são o ecocardiograma transesofágico, para que se afastem coágulos nas câmaras cardíacas, por exemplo, e a angiotomografia do átrio esquerdo, que pode ser útil para conhecer a anatomia que será ablacionada", afirma.

Outra preparação importante é perguntar ao seu médico se é preciso interromper o uso de alguma medicação nos dias anteriores à ablação ou evitar certos tipos de alimentos e bebidas. No geral, é recomendado um jejum de 6-8h antes do procedimento, então essa questão também deve ser levada em consideração na preparação.

Saiba o que esperar da ablação por cateter

Se você sabe o que esperar da ablação por cateter, é mais fácil de se manter tranquilo durante o procedimento. Por isso, lembre-se de esclarecer todas as suas dúvidas com o médico na última consulta.

Para começar, é importante entender o que é uma ablação e como ela funciona. "Na ablação, cateteres são introduzidos, geralmente pela perna, e conduzidos até uma das câmaras cardíacas, com o objetivo de 'eliminar' um ou mais focos ou circuitos elétricos anormais utilizando como fonte de energia, como a radiofrequência ou a crioenergia", explica Dr. Rodrigo.

O procedimento é realizado com uma anestesia local, então você não deve sentir qualquer dor. A duração pode ser de 4 horas ou mais, dependendo do caso, e a percepção dos resultados também costuma variar. "Dependendo dos sintomas e do contexto clínico subjacente, a melhora do cansaço e da palpitação pode ser imediata, mas também pode levar um pouco mais de tempo de acordo com a causa e a associação a outras doenças", explica Dr. Rodrigo.

Recuperação da ablação por cateter

A ablação por cateter não costuma provocar muitos efeitos colaterais, mas é importante estar preparado para alguns eventuais incômodos. "Alguns sintomas cardiológicos com um grau leve de dor torácica ou mesmo palpitações podem acontecer, assim como sintomas gastrointestinais leves e transitórios como plenitude após as alimentações, que podem durar algumas poucas semanas", afirma Dr. Rodrigo. "Sintomas maiores devem ser comunicados ao médico que realizou o procedimento, pois a interpretação do sintoma somada ao conhecimento da abordagem realizada poderão definir se é algo previsto ou que necessita de maior atenção", explica o especialista.

Quanto ao retorno aos hábitos normais, como a prática de exercícios e a ingestão de bebidas alcoólicas, a recomendação pode variar, então não deixe de consultar seu médico. De qualquer forma, lembre-se de que manter uma rotina saudável é fundamental para evitar um novo episódio de arritmia.11 "A fibrilação atrial é uma doença complexa, e um ponto chave do tratamento e da prevenção é o controle rigoroso dos fatores contribuintes, como hipertensão, obesidade, apneia do sono, entre outros", conta Dr. Rodrigo. Por isso, cuidar bem do corpo com uma alimentação balanceada e atividades físicas deve ser uma prática regular, assim como visitas periódicas ao seu médico para acompanhar a evolução do quadro. Para mais dicas, visite nossa página sobre como monitorar a saúde do coração.

Fonte consultada: Dr. Rodrigo Sá - cardiologista e eletrofisiologista - CRM/RJ 52-82907-2

Referências

1.Van Gelder I C, Hemels M EW (2006) The progressive nature of atrial fibrillation: a rationale for early restoration and maintenance of sinus rhythm Europace 8, 943–949
2. Kirchhof P, Benussi S, Kotecha D, Ahlsson A, Atar D et al. (2016) 2016 ESC Guidelines for the management of atrial fibrillation developed in collaboration with EACTS. Eur Heart J 37 (38): 2893-2962.
3. AF Association, http://www.heartrhythmalliance.org/afa/uk/treatment-options.
4. American Heart Association, https://www.heart.org/en/health-topics/atrial-fibrillation/treatment-and-prevention-of-atrial-fibrillation/atrial-fibrillation-medications
5. Van Gelder I C, Hemels M EW (2006) The progressive nature of atrial fibrillation: a rationale for early restoration and maintenance of sinus rhythm Europace 8, 943–949
6. Kirchhof P, Benussi S, Kotecha D, Ahlsson A, Atar D et al. (2016) 2016 ESC Guidelines for the management of atrial fibrillation developed in collaboration with EACTS. Eur Heart J 37 (38): 2893-2962. 
7. AF Association. Disponível em: <http://www.heartrhythmalliance.org/afa/uk/treatment-options>. Acesso em 18 Jan. 2021 
8. American Heart Association. Disponível em: <https://www.heart.org/en/health-topics/atrial-fibrillation/treatment-and-prevention-of-atrial-fibrillation/atrial-fibrillation-medications>. Acesso em 18 Jan. 2021
9. ATTEST study (enviado pela Johnson & Johnson)
10. PRECEPT study (enviado pela Johnson & Johnson)
11. Menezes AR, et al. (2015) Lifestyle Modification in the Prevention and Treatment of Atrial Fibrillation Prog Cardiovasc Dis ;58(2):117–25.

Profissional consultado: Dr. Rodrigo Sá - cardiologista especialista em eletrofisiologia e estimulação cardíaca - CRM/RJ 52-82907-2

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