Como se preparar para uma ablação por cateter
Se você receber indicação do cardiologista para realizar uma ablação por cateter como tratamento para fibrilação atrial, é importante saber o que esperar e como se preparar para o procedimento. Ele é considerado invasivo porém não cirúrgico, então é preciso se informar para se planejar tanto para o dia do atendimento quanto para o período de recuperação. Abaixo, reunimos algumas dicas que podem te ajudar nessa fase, mas não se esqueça de pedir orientações ao seu médico para esclarecer eventuais dúvidas.
Exames e precauções para a ablação por cateter
Antes da realização da ablação por cateter, o médico irá solicitar alguns exames para ter uma visão geral do quadro. Como o procedimento é realizado por um eletrofisiologista, que é um cardiologista especializado nas propriedades elétricas do coração, ele precisa de alguns detalhes a mais para avaliar as particularidades do seu caso e definir a melhor estratégia.
"Esses exames são importantes para que se conheça o contexto da arritmia, a anatomia cardíaca e potenciais complicadores do procedimento", explica o cardiologista e eletrofisiologista Rodrigo Sá. "Alguns exames que solicitamos frequentemente são o ecocardiograma transesofágico, para que se afastem coágulos nas câmaras cardíacas, por exemplo, e a angiotomografia do átrio esquerdo, que pode ser útil para conhecer a anatomia que será ablacionada", afirma.
Outra preparação importante é perguntar ao seu médico se é preciso interromper o uso de alguma medicação nos dias anteriores à ablação ou evitar certos tipos de alimentos e bebidas. No geral, é recomendado um jejum de 6-8h antes do procedimento, então essa questão também deve ser levada em consideração na preparação.
Saiba o que esperar da ablação por cateter
Se você sabe o que esperar da ablação por cateter, é mais fácil de se manter tranquilo durante o procedimento. Por isso, lembre-se de esclarecer todas as suas dúvidas com o médico na última consulta.
Para começar, é importante entender o que é uma ablação e como ela funciona. "Na ablação, cateteres são introduzidos, geralmente pela perna, e conduzidos até uma das câmaras cardíacas, com o objetivo de 'eliminar' um ou mais focos ou circuitos elétricos anormais utilizando como fonte de energia, como a radiofrequência ou a crioenergia", explica Dr. Rodrigo.
O procedimento é realizado com uma anestesia local, então você não deve sentir qualquer dor. A duração pode ser de 4 horas ou mais, dependendo do caso, e a percepção dos resultados também costuma variar. "Dependendo dos sintomas e do contexto clínico subjacente, a melhora do cansaço e da palpitação pode ser imediata, mas também pode levar um pouco mais de tempo de acordo com a causa e a associação a outras doenças", explica Dr. Rodrigo.
Recuperação da ablação por cateter
A ablação por cateter não costuma provocar muitos efeitos colaterais, mas é importante estar preparado para alguns eventuais incômodos. "Alguns sintomas cardiológicos com um grau leve de dor torácica ou mesmo palpitações podem acontecer, assim como sintomas gastrointestinais leves e transitórios como plenitude após as alimentações, que podem durar algumas poucas semanas", afirma Dr. Rodrigo. "Sintomas maiores devem ser comunicados ao médico que realizou o procedimento, pois a interpretação do sintoma somada ao conhecimento da abordagem realizada poderão definir se é algo previsto ou que necessita de maior atenção", explica o especialista.
Quanto ao retorno aos hábitos normais, como a prática de exercícios e a ingestão de bebidas alcoólicas, a recomendação pode variar, então não deixe de consultar seu médico. De qualquer forma, lembre-se de que manter uma rotina saudável é fundamental para evitar um novo episódio de arritmia.¹ "A fibrilação atrial é uma doença complexa, e um ponto chave do tratamento e da prevenção é o controle rigoroso dos fatores contribuintes, como hipertensão, obesidade, apneia do sono, entre outros", conta Dr. Rodrigo. Por isso, cuidar bem do corpo com uma alimentação balanceada e atividades físicas deve ser uma prática regular, assim como visitas periódicas ao seu médico para acompanhar a evolução do quadro. Para mais dicas, visite nossa página sobre como monitorar a saúde do coração.
Fonte consultada: Dr. Rodrigo Sá - cardiologista e eletrofisiologista - CRM/RJ 52-82907-2
Referências:
1. Menezes AR, et al. (2015) Lifestyle Modification in the Prevention and Treatment of Atrial Fibrillation Prog Cardiovasc Dis ;58(2):117–25.
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